Congresso da Andifes reforça convite da UFBA à reflexão coletiva sobre futuro da Universidade

 
“A universidade pública não para. Estamos reagindo com pesquisas, com gestos, solidariedade, protegendo vidas, de nossos terceirizados, técnicos, docentes e estudantes”, afirmou o reitor João Carlos Salles na saudação à comunidade UFBA no I Congresso da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). Inteiramente virtual, o evento foi realizado nos dias 17 e 18 de junho, com o tema “Realidade e Futuro da universidade federal”, e reuniu experiências e reflexões das universidades federais do país diante dos impactos provocados pela pandemia do novo coronavírus.
 
Durante o Congresso da Andifes, a UFBA apresentou as principais ações da Universidade no enfrentamento da pandemia e os desafios do ensino no contexto de isolamento social, medida ainda necessária de combate ao novo coronavírus, segundo orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS). Toda a programação foi traduzida por intérpretes em Libras.
 
Após a exibição do vídeo do Congresso Virtual da UFBA, um rico apanhado do evento – que teve mais de 38 mil inscritos e 648 horas de transmissão ao vivo, entre os dias 18 e 29 de maio – , o reitor João Carlos Salles abriu o evento destacando os princípios e valores da universidade pública, “lugar de conhecimento e de solidariedade”, e enfatizou a contínua responsabilidade com a ciência e com as orientações sanitárias então vigentes.
 
Sobre a UFBA, reforçou a ideia de uma instituição democrática, pois “somos comunidade”, e conclamou os docentes, técnico-administrativos, estudantes e terceirizados a participarem do UFBA em Movimento, um amplo debate sobre o futuro da Universidade em tempos de pandemia, que recebe reflexões e sugestões para uma proposta unificada aos cenários futuros de possível retomada das atividades presenciais acadêmicas e administrativas até o dia 02 de julho, no e-mail ufbaemmovimento@ufba.br.
 
>>> Leia o comunicado “A UFBA em Movimento“
 
 
Enfrentamento à pandemia
 
 
Na primeira mesa, que discutiu o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus, o pró-reitor de Planejamento e Orçamento, Eduardo Mota, falou sobre o grupo de trabalho da Covid-19 na UFBA.
 
Para Mota, nesse cenário de pandemia, sem uma vacina e tratamentos efetivos, a preparação para o futuro tem que ser feita com muito cuidado e atenção, já que “desafios permanentes que ficarão por algum tempo permeando e modulando nosso trabalho”.
 
Mota afirma que, assim que for possível retomar, com segurança, as atividades presenciais atualmente suspensas, será necessário atender a novas demandas, em razão da pandemia: novos layouts para salas, auditórios e laboratórios; protocolos para distanciamento e circulação de pessoas; instalações para higienização, reestruturação da limpeza e manutenção, insumos e equipamentos individuais e coletivos de proteção.
 
Participaram da mesa online o coordenador do Sistema Universitário de Saúde, Roberto Meyer; o coordenador de pesquisa da Pró-Reitoria de Pesquisa Criação e Inovação (Propci), Thierry Petit Lobão; a pró-reitoria de extensão (Proext), Fabiana Dultra Britto; e o superintendente de Tecnologia da Informação (STI), Luiz Cláudio Mendonça. Cada um em sua área contribuiu com informações de ações realizadas pela UFBA, mostrando a diversidade e complexidade do trabalho universitário no contexto atual.
 
A segunda mesa teve debates sobre desafios do ensino em tempos de pandemia e reuniu a superintendente de Educação a Distância (Sead), Márcia Rangel; os pró-reitores de Desenvolvimento de Dessoas, Denise Vieira; Ensino de Graduação, Penildon Silva Filho; Pesquisa e Pós-Graduação, Sérgio Luís Costa Ferreira; e Ações Afirmativas e Assistência Estudantil (Proae), Cássia Maciel.
 
Rangel apresentou o diagnóstico das competências digitais dos professores da UFBA, com o objetivo de subsidiar novas ações de formação continuada de professores – trabalho resultante de uma sondagem realizada com os docentes já durante a pandemia.
 
A superintendente avaliou que existem lacunas no nível de condições de aprendizagem online dos estudantes, sendo necessária uma estratégia que preserve a isonomia de oportunidades entre os discentes, em especial daqueles em situação de vulnerabilidade socio-econômica. Por isso, faz-se necessário a promoção de políticas públicas para atendimento à falta de equipamentos adequados e acesso à internet para o pleno desenvolvimento de atividades online.
 
Em breve, uma enquete sobre condições do trabalho remoto será lançada, visando a compreender melhor a realidade e os desafios colocados à atuação dos técnicos da Universidade em tempos de pandemia.